O cuidado com o potencial doador de órgãos deve-se seguir com o mesmo empenho e dedicação que qualquer outro paciente da UTI e deve está focada em reconhecer precocemente as alterações fisiológicas apresentadas por esse paciente, e consequente manuseio para a preservação dos órgãos.

O fato do paciente se encontrar em morte encefálica não exime o profissional de enfermagem do dever de atuar de forma tal que preserve a integridade do paciente.

Deve-se manter o paciente:

  • Monitorado com medidas de pressão venosa central (PVC),
  • Pressão arterial invasiva (PAI),
  • Sondagem vesical de demora,
  • Aquecimento contínuo
  • Balanço hidroeletrolítico rigoroso,
  • Oxigenação adequada por ventilação mecânica deve ser mantida por intubação orotraqueal ou traqueostomia,
  • Aspirar secreções traqueobrônquicas,
  • Verificar posicionamento da cânula traqueal,
  • Instalar colchão térmico e hidratação com a infusão de soluções aquecidas para manutenção da temperatura corpórea em condições normais.
  • Manutenção da cabeceira elevada a 30º 
  • Mudanças periódicas de decúbito (de 2 em 2 horas)
  • Observar sinais flogísticos em inserção dos cateteres e dispositivos invasivos;
  • Trocar curativo e higienizar local da inserção dos cateteres e dispositivos invasivos com Clorexidina alcoólica 0,5% após o banho.
  • Monitorização multiparametrica continua dos SSVV ; 
  • Instalar e Monitorizar PVC a cada 2 horas; 

IMPORTANTE  – Documentos a Compor o Prontuário do Doador

  • Termo de autorização para procedimento de alta complexidade (angiografia cerebral, cateterismo etc.).
  • Ficha de evolução clínica.
    Anuência da família ou responsável legal quanto à doação de órgãos.
  • Termo de orientação aos familiares ou responsáveis pelo doador.
    Termo de morte cerebral.
  • Termo de doação.
    Autorização do transporte do potencial doador para o centro de captação.